A educação é uma coisa admirável, e o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.
Lembranças de infância
Eu me lembro até hoje a época em que estudava o antigo ensino primário de 1ª a 4ª série em escola pública no Gama DF, na qual eram aplicadas essas referidas matérias, as quais ensinavam aos alunos, o civismo, a boa conduta moral e os conhecimentos básicos da organização social política brasileira.
Era uma disciplina do ensino básico no Brasil, de 1962 a 1993. O ensino de OSPB foi proposto por Anísio Teixeira, durante o governo de João Goulart, na Indicação Nº 1 do Conselho Federal de Educação, de 24 de abril de 1962. Conforme o conselheiro Newton Sucupira. O seu estudo deveria servir para apresentar aos jovens estudantes as instituições da sociedade brasileira e a organização do Estado, a Constituição, os processos democráticos, os direitos políticos e deveres do cidadão.
De acordo com o Decreto Lei 869/68, tornou-se obrigatória no currículo escolar brasileiro a partir de 1969, juntamente com a disciplina de Educação Moral e Cívica (EMC). Ambas foram adotadas em substituição às matérias de Filosofia e Sociologia e ficaram caracterizadas pela transmissão da ideologia do regime autoritário ao exaltar o nacionalismo e o civismo dos alunos e privilegiar o ensino de informações factuais em detrimento da reflexão e da análise.
Devido á má qualidade de ensino no Brasil, não é de se estranhar que esta disciplina doutrinaria de ensinar, educar e forma os jovens para conhecer a democracia e as formações politicas, tenha sido abolida da grade de disciplinas obrigatórias no início da década de 90, para o governo é mais fácil manter os jovens sem esta formação e sem o discernimento do certo ou errado.
Prova disso é as grandes manifestações que ocorre em varias partes do pais, a diferença entre o certo e o errado esta em saber em quem votar ou até mesmo o que cobrar das autoridades e acima de tudo como cobrar, a cada ano de eleições, mais e mais jovens votam, e muitos apenas por votar, esta talvez seja uma forma encontrada pelos governantes de manter tanto os jovens como os cidadãos em um completo e desconhecido curral eleitoral. A volta dessas matérias nas escolas seria muito importante, porque viria resgatar a moral, os bons costumes e o conhecimento da divisão político administrativo do Brasil, desconhecidos pela maioria das crianças e jovens dos dias atuais.
Diante dessa comparação com os tempos mais antigos o que vemos hoje é simplesmente um sistema de ensino totalmente falido e abandonado, principalmente no Estado de São Paulo, o estado mais rico da federação em produção de bens de consumo e arrecadação de impostos. O que nos resta agora é apelar para que os bons políticos revejam e consertem o que os maus políticos fizeram com o nosso ensino público.
Por: Kadu Marques